sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Em Troca

A gente carrega, por vezes, no peito
Histórias e brigas vividas lá trás,
O tempo não cura a ferida sem jeito,
E mágoa profunda nem morte desfaz.
Às vezes, no peito, a gente carrega
Os sons do passado, as vozes de então,
A dor de uma frase ferina nos cega,
Nos fisga e nos cerra calando a canção
São dores, são marcas, amores e mágoa,
São plantas que o sol nem deixou florescer,
São rios poluídos, são fontes sem água
Lembranças amargas, quem dera esquecer.

Mas toda essa dor foi sentida por Cristo
E as nossas tristezas levou sobre si,
Marcado e ferido, qual nunca foi visto
Na cruz do suplício, sofreu tudo ali

Por isso Ele sabe das dores tão nossas,
Das marcas de fogo que o tempo deixou,
Conhece as lembranças doídas e as fossas,
Tomou nossas dores e as mágoas levou.
Em troca nos deu o perdão que nos cura
O amor que alivia e a fé que refaz.
Moldou nossas vidas com nova figura
Plantou-nos pra sempre no abrigo da paz.

Mais uma música que me emociona quando a ouço
Letra: Guilherme Kerr Neto
Música: Jorge Rehder e Nelson Bomilcar


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