sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Jorge Rehder

Hoje, ainda pela manhã, recebi a notícia da morte do Jorge Rehder. Meu coração ficou apertado e chorei bastante!
É interessante essa relação que temos com pessoas que não conhecemos pessoalmente mas que fazem diferença em nosso caminhar.
Quantas de suas músicas eu canto diariamente? Umas 10. Meu coração ainda está doendo mas me alegro pois posso imaginar ele e o Sérgio Pimenta juntos compondo músicas perfeitas para Deus. O céu tá cada vez melhor! Só gente boa! rs.

Ana Paula

fonte: www.cristianismocriativo.com.br - “Da multidão dos que creram” e vivem no Brasil dos últimos anos, muitos ouviram as suas músicas, e cantaram as suas canções. Provavelmente aqueles que apreciam algo mais elaborado, que reconhecem um bom talento, ou que escutam com o coração. Estes aprenderam sobre “aquele que criou o universo e os astros espalhou por seu lugar”, que “embora tão distante, está tão perto” e que “o Deus onipresente decidiu se revelar”.

Assim, “Eu e você, igreja presente”, “somos convidados” ou fomos inspirados por meio do seu trabalho musical, às vezes só, às vezes com outros grandes poetas e compositores cristãos, a cantar “em todo o tempo” ao “Rei das nações”, convocando-nos... “adorai ó povo de Deus, reina o Senhor!...” ou “batam palmas de alegria, cantem todos ao Senhor, porque Deus é o Deus tremendo, é o grande Rei”, ao mesmo tempo expressando... “estamos juntos, prontos para a adoração que vem de dentro, vem do coração...” ou ainda “em santidade, Senhor, assim é que louvamos, obediência e temor, assim te adoramos...”; e ao mesmo tempo fazendo um auto-convite... “Acorda, ó minh’alma, desperta para Deus, proclame glória ao Santo com o coro lá do céu...”, ou constatando... “ah, como é bom poder aos pés da cruz depositar este meu fardo pesado e árduo de carregar, e não ter que andar ansioso de nada...”, consciente de que a Ele podemos nos achegar, dizendo: “Ó meu Pai, Tu que vês bem além do exterior, dentro em mim sabes como eu sou...”, ou pedindo: “Enche-me, Espírito! Mais que cheio quero estar, eu o menor dos teus vasos posso muito transbordar.” E porque não perguntando e repetindo: “Quem não te louvará? Quem não glorificará Teu Nome? Pois só Teu Nome é Santo!”. “...os Teus atos de justiça se fizeram manifestos”.

Na sua soberania, “Ele é soberano, dirige nossas vidas, e tudo ele faz para o bem dos que o amam...”, em 08.11.2009, Deus o levou para si. Além do seu legado musical, fica a inspiração da vida de um “homem bom e piedoso, cheio de temor e fé, homem de Deus”, como as palavras que ele mesmo escreveu referindo-se a Barnabé (personagem bíblico) em parceria com Guilherme Kerr Neto, e que parece não apenas tê-lo inspirado à canção, mas à vida. Certamente isso fez grande diferença, tornando-o num exemplo de bom amigo, de bom esposo, de bom pai, e de bom cuidador de ovelhas. Simples no viver cotidiano em que reconhecia a presença de Deus... “ao acordar, ao respirar, ao ver raiar um novo dia, sinto a constância do Teu amor, sinto a presença do Teu calor, sinto Tuas mãos a me envolver, ó Senhor...”; na maioria das vezes, alegre (um excelente piadista) alegria que também expressava em seu louvor... “De todo o meu coração, ó Senhor, eu louvarei e Te adorarei. Em Ti eu me alegro, Senhor, e alegre, a Ti, cantarei. Tu És o motivo maior de só viver pra Teu louvor.”; também foi daqueles que nos deixaram o ensino de que a nossa esperança está em Deus, não apenas através do seu CD comemorativo de 35 anos de ministério, cujo nome é “Porto Esperança”, em que todas as músicas fazem alusão a esta verdade, mas também em composição com Nelson Bomilcar, que diz: “quando na dor, na tentação, quero em Tuas mãos agarrar para que não venha me desviar. Quero poder permanecer sempre nos Teus caminhos para firmar meus pés em Ti, ó autor da vida, meu Senhor"!

Dor, sofrimento e saudade nos cercam, ao mesmo tempo, a certeza de que para ele, Rehder, significa não mais estar convivendo com o pecado, mas sim, gozando da indescritível presença do Pai. Oremos por Marilda, sua amável esposa, por Carol e Marina, suas filhas recém-casadas, além dos genros e toda a família.

Numa das suas últimas cantatas, Jorge lembra as palavras de Isaías... “Consolar, vem consolar o meu povo, é a palavra que nos diz o Senhor...”

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